Projeto
Nossa Terra: Arquitetura Vernácula em Comunidades Quilombolas: Herança, Identidade, Tecnologia e Transformação
UFMG, desde 2023
Descrição do projeto
Este projeto de pesquisa – vinculado ao grupo de pesquisa e pesquisa Vernaculum: Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Paisagem, Ambiente Construído, Patrimônio e Turismo (UFMG) – consiste em um desdobramento de pesquisas anteriores sobre a arquitetura vernácula no estado de Minas Gerais. Permitirá, pela primeira vez, a aplicação de conceitos e teorias da escola americana de arquitetura vernácula à análise da realidade estadual. Minas Gerais possui rico patrimônio em arquitetura vernácula de terra – e sua conservação tem desdobramentos sociais e ambientais relevantes, tais como a melhoria da qualidade habitacional da população rural, a qualificação de mão de obra local para obras de restauração, a diminuição do êxodo rural etc. Dentre as comunidades onde arquiteturas vernáculas ainda são reproduzidas, destacam-se as descendentes de quilombos ou, como denominadas popularmente, as quilombolas. Uma dessas comunidades – cujo território inclui espaços dos municípios de Antônio Dias e de Santa Maria de Itabira, MG – é estudada nesta pesquisa, uma vez que seus imemoriais saberes-fazeres vernáculos ainda subsistem, mas correm risco de extinção em razão de uma série crescente de pressões socioeconômicas. A pesquisa objetiva, portanto, compreender melhor esses saberes-fazeres, o seu papel na constituição dos sentidos de territorialidade e de identidade da comunidade, como tais saberes-fazeres alcançaram o nosso tempo, e de que modo a sua conservação e o desenvolvimento socioeconômico da comunidade podem se dar de forma sustentável ou, ainda melhor, de modo a se retroalimentarem. A pesquisa é desenvolvida a propósito de dois eixos, com interrelação profunda e complexa: a cultura local e a sua tecnologia construtiva. Portanto, participam dessa pesquisa profissionais com formação em Antropologia, Arqueologia, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia, Geografia, História, Planejamento, Psicologia, Turismo etc. – todos com atuação interdisciplinar e/ou transdisciplinar. Deve-se também destacar que os resultados da pesquisa têm grande potencial de reprodutibilidade, tanto cientificamente, pela utilização de novos arcabouços teórico-metodológicos, quanto socialmente, pela grande quantidade de comunidades quilombolas, com características similares, existente em Minas Gerais e demais estados brasileiros. Coordenação: Prof. Marco Antônio Penido de Rezende (TAU-EAUFMG). Pesquisadores: Prof. Frederico de Paula Tofani (PRJ-EAUFMG); Profa. Kerley dos Santos Alves (EDTM-UFOP); Prof. Marco Antônio Penido de Rezende (TAU-EAUFMG); Profa. Mariana Petry Cabral (FAFICH-UFMG); Prof. Maximiliano Perdigão dos Santos (IPUC-PUCMINAS); Profa. Natiele Rosa de Oliveira (IFMG-OP).