Fotografia


Entre o não-mais e o ainda-não: as ruínas do complexo de mineração aurífera do Forte de Brumadinho

Conjunto Histórico e Paisagístico da Serra da Calçada, município de Brumadinho, estado de Minas Gerais, Brasil


© Frederico de Paula Tofani

Fascínio e temor, reverência e aversão, temperança e inquietude são alguns dos sentimentos que ruínas evocam, paradoxalmente, em nós. Situadas entre a cultura que outrora transformou a matéria em obra e a natureza que agora a decompõe e retoma, ruínas são potentes representações de nossa existência entre terra e céu, nascimento e morte, espírito e matéria, passado e futuro, memória e esquecimento. E ainda assim – ou talvez por isto mesmo – ruínas consistem em um princípio de conciliação, de harmonização das polaridades que as constituem e que elas evocam, proporcionando-nos assim alguma paz e sentido. 


As muitas ruínas que jazem na Serra da Moeda, testemunhas silenciosas de imemoriais fortunas e desfortunas, não são exceções. Elas são objetos também dotados de grande potência simbólica e, como parte de sítios arqueológicos que polarizam ou compõem, elas conformam grande parte do patrimônio cultural nesse espaço – e urgem serem melhor compreendidas e conservadas.



Frederico de Paula Tofani

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Referências

Vinculações

Este acervo fotográfico foi produzido com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Associação para a Recuperação e Conservação Ambiental (ARCA AMASERRA), do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e da Prefeitura Municipal de Brumadinho.